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    As condições político-históricas de constituição do discurso sobre o ensino de literatura: A materialização de um saber linguístico e o processo de institucionalização de sentidos da língua/literatura

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    Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Acadêmico em Letras, da Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Letras. Orientador: Prof. Dr. Élcio Aloisio Fragoso. Linha de pesquisa: Estudos de diversidade cultural.Este estudo objetiva analisar os discursos sobre o ensino da literatura presentes/ausentes em documentos oficiais (LDB, PCNEM, OCEM e Referencial Curricular de Rondônia) que se constituem como parte das políticas públicas educacionais no Brasil, neste caso, mais especificamente, as dirigidas ao público do ensino médio. O referencial teórico em que está inscrita a presente pesquisa é o da Análise de Discurso Materialista, filiada à linha francesa, de Michel Pêcheux e Eni Puccinelli Orlandi, esta, considerada a principal expoente desta perspectiva no nosso país, além da filiação à História das Ideias Linguísticas no Brasil. A partir dessa teoria discursiva, compreenderemos, discursivamente, como esses documentos oficiais concebem a literatura no processo de ensino, quais as formações discursivas que fundamentam seus dizeres, o efeito de sentido de ensino produzido por meio dos gestos interpretativos e a forma como estas relações discursivas refletem na constituição do sujeito aluno. Nessa direção, tomaremos a análise por meio dos conceitos teóricos da AD, desconstruindo as evidências dos recortes, para então refletir sobre a relação entre língua/ensino/Estado. Um processo que envolve sujeitos que se constituem por meio da relação com a língua e a ideologia, em que ocupam uma posição determinada nas instituições escolares. É nesse espaço significativo, intitulado Escola, que vemos o funcionamento ideológico político que regula o que pode e o que não pode ser dito. E para compreender as condições de produção desses documentos oficiais empreendemos uma análise com base no estudo de três instâncias: a constituição, a formulação e a circulação dessas políticas, levando em consideração a relação entre sujeito, língua e história. Políticas linguísticas que configuram Língua Portuguesa e Literatura num jogo de tensão, em que colocam em funcionamento diferentes formações discursivas, configurando o saber literário dentro de um processo de diluição. Entender o modo como esses documentos significam a literatura, perpassa pelo processo de institucionalização do saber linguístico no país e a construção dos instrumentos que dão visibilidade à língua nacional. Assim, partindo dos recortes discursivos selecionados, busca-se discutir sobre a “fabricação” de tais políticas linguísticas, que interpelam os sujeitos professores em suas práticas de ensino, além de analisar a relação destes discursos no processo de formação dos sujeitos brasileiros, levando-se em conta a ideologia materializada na linguagem

    A importância da disciplina de Língua Portuguesa no ensino superior

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    Neste artigo, discute-se a implantação da educação no Brasil, em especial a disciplina de Língua Portuguesa, constituída em 1549, com a chegada dos primeiros educadores, os jesuítas, até os dias atuais. Pretende-se, abordar principalmente, os momentos em que o ensino superior se manifesta nas cabeças pensantes do país e os meandros percorridos ao longo de sua história. Os avanços e recuos da educação brasileira sempre foram frutos das políticas e dos interesses das classes governamentais. A sociedade, nesse contexto, se coloca apenas como receptora de um ensino forjado para satisfazer a vontade das classes dominantes. Não obstante, o ensino superior, com todas as deficiências existentes, ainda se apresenta como propulsor para o desenvolvimento do Estado. A língua, instrumento de comunicação por excelência, é um modo de ser e um modo de estar, o que assume papel de relevância na dimensão política e econômica de um povo. Ultrapassada a época da dominação colonial, representa uma garantia fundamental de identidade. Daí o fato de serem abordadas teorias sobre a importância desta disciplina no âmbito do ensino superior, além da atuação essencial do docente com “as letras”, uma vez que se percebe a admissão de vários acadêmicos com limitações em relação a utilização adequada da Língua Portuguesa

    Articuladores textuais como estratégia argumentativa na construção do gênero discursivo

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    O artigo analisa o modo como os articuladores textuais sinalizam relações discursivo-argumentativas no gênero “artigo de opinião” uma vez que esse gênero expressa a ideia do autor a respeito de um assunto polêmico. Como corpus de análise foi selecionado o texto “Pensando o Brasil” publicado pela revista Veja em abril de 2014. O procedimento metodológico adotado foi o da pesquisa bibliográfica de caráter analítico, sob a luz das teorias da Linguística Textual, na perspectiva, principalmente, de Koch e Fávero.  O principal resultado do trabalho mostra que os articuladores textuais possuem papel primordial na construção da argumentatividade. Por meio deles o escritor direciona a construção do sentido como forma de persuadir a opinião do público leitor
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